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Entrevista no G1 Paraná no dia 17/04/2013 Clique Aqui

Aparelho com estímulos magnéticos é usado em tratamento de depressão

Tratamento foi aprovado pela Anvisa em janeiro de 2013. Médico neuropsquiatra de Curitiba testou o método durante 12 anos.

O médico neuropsquiatra Wesley Hummig, de Curitiba, testou durante 12 anos um tratamento para pacientes depressivos com o uso de um aparelho de estímulos magnéticos. Aprovado em janeiro de 2013 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o método é indicado apenas para pacientes em que os medicamentos e a terapia não fizeram efeito. De acordo com o médico, a cada cinco pessoas, três melhoram da doença em pouco tempo.

“É usado para pacientes que já tentaram, pelo menos, dois tipos de antidepressivos com dose total e tempo bom, mais de quatro semanas, e nada de ter resposta. O que nós fazemos é estimular a região para ativar essa rede neuronal e melhorar os sintomas depressivos: a tristeza, a falta de energia, a insônia, a ansiedade, a culpa, a desesperança”, explicou o neuropsquiatra, que atende em uma clínica na capital paranaense.

O aparelho funciona com estímulos magnéticos na região do cérebro que causa depressão. O paciente usa uma touca para que o médico possa mapear e determinar as áreas que serão tratadas. Os estímulos fazem com que a região cerebral, que estava trabalhando menos, é forçada a voltar a trabalhar, conforme o médico. O aparelho age direto no foco da doença e, ainda de acordo com o neuropsquiatra, sem efeitos colaterais. A indicação é de que sejam feitas 20 sessões iniciais, uma por dia, e, depois, apenas manutenção.

A paciente Fátima Tedesco fez o tratamento e contou que não sente mais nenhum sintoma da depressão. “Eu me sinto muito feliz. Bem mesmo. Disposta a fazer as coisas que não tinha muita vontade de fazer antes”, relatou.

Outra paciente, Dalva Silva, disse que tentou curar a doença durante dez anos com antidepressivos e terapia e que até mudou de médico, mas que o medo e a angústia não desapareciam. “Eu sentia bastante cansaço, desânimo, depressão. Não dormia bem e tinha uma ansiedade grande também. Uma angústia. Chegava na hora de fazer uma viagem eu sofria antes”. No fim de 2012, Dalva fez o tratamento com os estímulos magnéticos. Ela afirmou que, em menos de dois meses, a vida mudou. “É outra vida. É como se tivesse vivido um período e agora outro diferente. Bem melhor”.

Depressão

A previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que, até 2020, a depressão seja a segunda principal causa de afastamento do trabalho no Brasil. Atualmente, a doença atinge 17 milhões de pessoas no país. A depressão é um problema químico que começa em uma região do cérebro quando a circulação de sangue diminui, fazendo com que o cérebro trabalhe menos do que deveria e, assim, causando os sintomas da doença.“Você vê o mundo conforme as coisas intrínsecas. Então, se você está escuro por dentro, você vai ver o mundo escuro por fora. Pode estar colorido, tudo bonito, mas você vai estar triste por dentro. É o mal do século XXI”, disse o médico.

Apesar de já ter sido aprovado pela Anvisa, o tratamento ainda não é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns planos de saúde já cobrem sessões do tratamento. O telefone de contato da clínica é: (41) 3352-0142. Ela fica na Av. Anita Garibaldi, 850 - Ed Infinity Torre Success, Sl 303

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